A saúde do bebê precisa de atenção redobrada quando a gestante é portadora do vírus HIV. Você vai saber hoje se a mãe com HIV pode amamentar.
O HIV é um vírus que ataca células do sistema imunológico. No Brasil, cerca de 866 mil pessoas são portadoras desse vírus.
Mulheres portadoras do HIV precisam de cuidados especiais durante a gestação e no aleitamento materno para evitar a transmissão para o bebê.

Ainda existem muitas informações incorretas que geram dúvidas nas pessoas. Uma delas é se a mãe com HIV pode amamentar.
Eu escrevi este artigo para ajudar na divulgação de informações sobre o aleitamento em casos de mães portadoras de HIV.
Aqui você vai saber se é seguro amamentar a criança nessa condição e quais são os cuidados necessários para evitar a transmissão do vírus, então continue lendo.
Índice
Tenho HIV. Posso contaminar o meu bebê?
O HIV é a sigla em inglês do Vírus da Imunodeficiência Humana. Este vírus ataca linfócitos específicos do sistema imunológico de uma pessoa.
Como esses linfócitos são as células responsáveis por defender o organismo contra doenças, pessoas portadoras do HIV podem adoecer mais facilmente.
A transmissão do HIV acontece pela prática de relações sexuais sem o uso de preservativos e pelo compartilhamento de materiais contaminados (seringas e outros itens cortantes).
Também é possível que aconteça a transmissão vertical, que é quando a gestante transmite o vírus para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação.
Nesses casos, a transmissão acontece se não forem realizadas as medidas de prevenção adequadas.
Mãe com HIV pode amamentar?
Apesar da amamentação garantir diversos benefícios para a saúde do bebê, as mães que têm HIV não podem amamentar os seus filhos.
Isso porque o vírus pode ser transmitido pelo leite materno.
Essa informação consta no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Nesses casos, a criança tem direito a receber fórmula láctea infantil até, pelo menos, os primeiros seis meses de vida. Esse período pode ser estendido pelo pediatra.
A orientação de evitar a amamentação materna deve ser repassada para a gestante que tem HIV já no pré-natal.

Nesse período, também deve-se orientar a grávida sobre como realizar a alimentação com fórmula infantil.
Outra prática que também é contraindicada é a amamentação cruzada.
Acontece que, na impossibilidade de amamentar, algumas mães buscam outras mulheres para realizarem a amamentação.
Essa prática coloca em risco a saúde do bebê, pois a criança pode se contaminar com outras doenças infecciosas.
Por fim, recomenda-se o uso de preservativos na prática de relações sexuais durante o período de amamentação, até mesmo pelas mulheres que não possuem HIV.
Essa medida previne a contaminação durante o aleitamento materno, o que significaria a necessidade de interromper a amamentação.
Qual a diferença entre HIV e Aids?
Ser portadora do HIV não significa que a pessoa desenvolverá Aids.
O avanço do HIV destrói os linfócitos e impede que o sistema imunológico consiga defender o organismo contra outras doenças.
Quando isso acontece, a pessoa desenvolve a Aids.
A Aids é a sigla em inglês da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A diferença é que o HIV é o vírus causador da Aids.
Então, quando a pessoa é contaminada com HIV, ela passa a ser soropositiva.
Muitos soropositivos podem viver anos sem desenvolver a Aids.
Mas os soropositivos podem transmitir HIV para outras pessoas, o que quer dizer que precisam ter cuidados para evitar o contágio.

Conclusão
Neste artigo, você descobriu que o HIV é um vírus que ataca as células responsáveis por proteger o organismo contra doenças infecciosas.
Pessoas portadoras de HIV, os chamados soropositivos, podem viver vários anos sem desenvolver a Aids, que é a doença causada pelo HIV.
Além das relações sexuais desprotegidas e do uso de materiais cortantes contaminados, a transmissão do HIV também pode acontecer entre a mãe e o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação.
Por isso, recomenda-se que as mães que têm HIV não amamentem os seus filhos. Essa ação reduz o risco de contaminação da criança.
Nesses casos, a alimentação da criança deve ser feita pelo uso de fórmula láctea infantil.
É um direito do bebê receber esse tipo de alimento desde o seu nascimento até, no mínimo, seis meses de vida.
Veja também se mãe infectada com sífilis pode amamentar, aqui na Mãe Experiente.