A sífilis é uma doença infecciosa que pode ser transmitida pela mãe ao bebê. Por esse motivo, existe a dúvida se a mãe com sífilis pode amamentar.
O diagnóstico de sífilis deixa a grávida com diversas dúvidas. Isso porque se sabe que essa doença é ainda mais perigosa em gestantes.
Se não tratada, essa doença pode provocar danos nos olhos, pele, ossos, coração e sistema nervoso. Casos graves de sífilis podem levar à morte.

É sabido que a amamentação é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê. Porque o leite materno, além de nutrir, protege a criança contra várias doenças.
Mas uma mãe com sífilis pode amamentar o seu filho? Eu respondo essa dúvida neste artigo.
Aqui você também vai saber em quais casos a mãe pode contaminar o seu bebê, então continue lendo.
Índice
Tenho sífilis. Posso contaminar o meu bebê?
A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum.
Essa doença deve ser tratada precocemente, pois pode provocar danos a vários órgãos e atingir o sistema nervoso.
Segundo o Ministério da Saúde, são três os estágios de desenvolvimento dessa doença: sífilis primária, secundária e terciária.
Apesar do paciente quase não ter sintomas no terceiro estágio da doença, a sífilis volta a ser agressiva após um período de tempo. Nessa fase, pode provocar paralisia, cegueira, problemas cardíacos e até a morte.
O risco de contaminação é maior nos dois primeiros. A transmissão acontece principalmente por relação sexual sem o uso de preservativo.
Por esse motivo, a sífilis é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST).
Segundo o portal do médico cancerologista Drauzio Varella, essa doença também pode ser transmitida da mãe para o bebê.
Apesar de raros, os casos de contaminação entre mães e filhos ocorrem por transfusão de sangue ou contato direto com o sangue contaminado.
Ao receber o diagnóstico de sífilis, a gestante e o parceiro devem iniciar o tratamento adequado para a doença.
Sem o tratamento, a mãe pode contaminar o bebê durante a gestação ou no parto. Quando isso acontece, gera uma variação da doença, que é chamada de sífilis congênita.

Sintomas da sífilis
Sífilis primária
- Ferida no local de entrada da bactéria que aparece de 10 a 90 dias após o contágio. Essa ferida desaparece mesmo se o tratamento não for realizado
- Podem surgir caroços na virilha
Sífilis secundária
- Manchas no corpo
- Febre
- Mal-estar
- Dor de cabeça
- Caroços pelo corpo
Sífilis terciária
- Lesões na pele
- Problemas cardiológicos e neurológicos.
Mãe com sífilis pode amamentar?
Apesar da sífilis ser uma doença altamente contagiosa, ela não é transmitida pelo leite materno.
Isso quer dizer que a mãe que tem sífilis pode amamentar o seu filho.
Mas é preciso ter alguns cuidados. Como essa doença é transmitida pelo contato direto com o sangue contaminado, a mãe deve verificar se não tem qualquer machucado nas mamas.
Porque o sangue que sai de pequenos cortes pode contaminar o bebê.
Então, cuide bem da região das mamas. Sempre que possível, olhe se a pele está machucada.
Sem contato com o sangue contaminado da mãe, a criança pode amamentar normalmente.
Como prevenir que o meu bebê tenha sífilis?
Realizar um pré-natal adequado ajuda a prevenir que a mãe transmita sífilis para o bebê.

As mães devem realizar o teste de sífilis, pelo menos, no 1º e 3º trimestres de gravidez.
O Ministério da Saúde também recomenda que o exame seja feito em casos de exposição de risco à doença.
O diagnóstico precoce da doença permite iniciar o tratamento antes do avanço da sífilis na gestante e no seu parceiro.
Conclusão
A sífilis é uma doença altamente contagiosa que pode ser transmitida em relações sexuais desprotegidas ou com o contato direto ao sangue contaminado.
Essa doença também pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto.
Então, é preciso que a gestante realize exames periódicos para saber se é ou não portadora da bactéria que causa a doença.
Neste artigo, você descobriu também que mães que têm sífilis podem amamentar os seus filhos. Isso porque a doença não é transmissível pelo leite materno.
Mas é preciso ter cuidado para que a criança não tenha contato com o sangue contaminado. Por isso, fique atenta aos pequenos machucados na região das mamas.
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